
Nas férias de Natal um dos trabalhos de casa do meu filho vinha acompanhado de uma receita. Tinha de fazer bolinhos, em "forma de zero", para no dia 5 decorar na escola. Tudo isto com a ajuda da família.
Estava instalado o alvoroço. A receita andou de mão em mão quase todos os dias. Também nos sentíamos curiosos e, confesso, um pouco ansiosos devido a experiências culinárias anteriores.
Deixamos, portanto, esta tarefa para o último dia de férias, não fossem os bolos partir algum dente. No Dia de Reis, alunos e professores iriam oferecê-los, à população da aldeia, quando fossem cantar as janeiras. Tive o privilegio de os acompanhar neste dia e adorei. Mas acerca disso escreverei mais tarde.
Voltando à nossa cozinha, a ansiedade ia aumentando à medida que chegava a hora de fazer os bolinhos. Na última vez que fizemos bolachas, estranhamente, endureceram mal saíram do forno! Ok, toda a família gosta de inventar qualquer coisita na cozinha... Mas desta vez estava decidido. Seguimos a receita à letra e... ficaram saborosos. E, eu e o pai um pouco espantados...
Muito mais deliciosos foram aqueles momentos. Toda a família participou nos trabalhos de casa, incluindo a Laura que, em vez de moldar a massa... a comeu. A Mariana aproveitou a farinha espalhada, na pedra preta, para desenhar lindos corações, e tanto ela como o Manuel, aproveitando a confusão, encheram os dedos, a boca e a cara com o mais doce de todos os ingredientes.
Resultado final; o Manuel ficou feliz com o trabalho que levou para a escola, e os bolos ficaram deliciosos. Como seria de esperar, aqueles que, com o acordo de todos, "não estavam lá muito bons", ficaram em casa. E, a receita também!

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