Chama-se Dª Maria, tem 97 anos e tive o privilégio de a conhecer, pessoalmente, a semana passada. Quando cheguei ao centro de dia, para levar flores a amigos com quem me cruzo semanalmente, percebi que naquela manhã também ela estava lá.
Fiquei muito contente pois, finalmente, ia conhece-la pessoalmente. Informaram-me que naquele momento tinha saído, tinha "ido tratar de uns assuntos à Junta".
Penso que aproveita os dias em que vai para o centro de dia para tratar de vários dos seus assuntos...
Como fui para ficar à conversa e até levei comigo convidadas que ninguém conhecia, a nossa visita foi muito animada.
Algum tempo depois chegou a Dª Maria. Trazia um saco de plástico na mão e a carteira à tira colo. A bengala, que lhe dá algum suporte em terrenos mais sinuosos, vinha na outra mão.
Entrou ligeira na sala onde estávamos à conversa e ficou encantada com as flores que lhe ofereceram ainda não se tinha sentado.
Animada, atenta e muito lúcida queixou-se apenas de ultimamente andar a ouvir um "bocadito mal". Depois conversou connosco, sorriu muito perante a nossa curiosidade e mostrou-nos uns sacos que ela própria costura.
Adoramos os saquinhos e, num ápice, a Dª Maria vendeu os artigos que tinha trazido naquele dia.
Via-se que estava contente. Quanto a nós estávamos radiantes por vê-la assim, tão serena, tão acordada para a vida e... tão pertinho dos cem anos.
Que privilégio o meu por estar presente em encontros destes.
É realmente um privilégio chegar a uma idade destas com um ânimo e uma saúde destas. Quem nos dera...
ResponderEliminarJá escrevi vários posts sobre os velhos, como gosto de lhes chamar. É o meu grupo etário de eleição e gostava muito de trabalhar junto deles.
ResponderEliminarParabéns à D. Maria.