1 de fevereiro de 2010

O pomar

As obras cá em casa estão quase a terminar. Ufa! Finalmente temos um pouco de terra livre para começar a fazer o que mais ansiávamos; plantar árvores e flores. Todos cá em casa têm histórias ligadas a árvores e todos gostamos de plantar, seja o que for flores, arbustos, árvores...

O meu marido é o responsável pelo planeamento do pomar. Confirma nos seus desenhos a distribuição das árvores e cataloga as variedades dos frutos. Já tinha começado a levar para a terra algumas das árvores que estavam no pátio, à espera que as obras desimpedissem o terreno e que o sol o secasse um pouco, ontem foi dia de nos juntarmos a ele na "construção" do pomar.


cada um plantou a árvore que escolheu, aquela que de alguma forma lhe é mais querida. Umas estão relacionadas com histórias nossas, outras ligadas a nós através de algum livro e outras apenas pelo fruto que nos vão dar, o fruto preferido de quem a escolheu. Há algumas pessoas que convidamos, ou vamos convidar, a escolher e a plantar aqui uma árvore ou uma flor. Queremos um pomar e um jardim feito com pedaçinhos de pessoas que nos são muito queridas. Queremos raízes que falem, que se cruzem...


enquanto o pai definia os espaços, faziam as suas marcações e abria as covas... os filhos enterravam os pés na maior poça de lama que encontraram... para sair dali, daquela uma "cena igualzinha à das areias movediças do filme do Indiana Jones", só mesmo com ajuda. A mãe, que andava por ali a fotografar, ainda deu umas "ralhadelas" e uns responços (afinal, tinha que fazer o seu papel) e ainda lhes disse que a seguir teriam que lavar as botas.


mas, cá dentro, a mãe lembrava-se de como aquilo era aquela brincadeira lhes deviar estar a saber bem! Lembrou-se das galochas, amarelas, que tinha quando era miúda e que tantas vezes enfiou nas poças de lama e em todos os pocitos de água que encontrava! E, sentiu-se feliz por vê-los a viver aquilo, a experimentar a terra, a sujar-se. Não é que não o façam com frequência, mas é sempre bom vê-los a divertirem-se assim, com a Terra!

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