23 de setembro de 2008

as nuvens


Adoro nuvens, aquelas que aparecem ao nascer do dia, verdadeiros lençóis coloridos onde o sol se esconde antes de se levantar, como fazem os meus filhos na hora de acordar. Também gosto das que apareceu ao fim da tarde e me fazem sentir feliz com todas aquelas tonalidades a desfazer-se com o aproximar da noite. Mas também gosto mesmo muito da banalidade das nuvens brancas, com as suas formas, verdadeiras portas à imaginação e a fantasia.

Ontem, a caminho de casa, eu e os meus filhos observávamos as nuvens, umas brancas, outras mais cinzentas, e falávamos do que podíamos imaginar em cada uma. Falávamos também velocidade a que se deslocavam e da quantidade de água que devia existir em cada uma pois podíamos ver umas mais cinzentas que outras. Após um daqueles silêncios que lhe são habituais, quando está a pensar, o meu filho conclui que uma das nuvens, muito cinzenta, que estava mesmo por cima do nosso carro, devia estar a andar tão depressa porque estava "muito aflitinha, mesmo com a bexiga a doer. É por isso anda tão rápido porque as árvores que tem que regar ainda estão um pouco distantes".

Ah! também adoro carros com tectos em vidro, através dos quais se pode ver as nuvens.

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