Partilhar o Natal

Adoro o Natal! Já houve alturas em que esta noite me deixava triste e só, mas há vários anos que deixei de sentir isso e voltei a festejar o Natal. Adoro decorar a árvore de Natal, que ano após ano vai tendo sempre um novo enfeite que os meus filhos fazem na escola e que se vai juntar, independentemente da decoração, aos "residentes" da nossa árvore de Natal, àqueles que ficam de ano para ano - o mais antigo tem nove anos, a idade da minha filha mais velha e é um circulo em gesso com a pequenina mão dela impressa.

Adiante, este momento em que enfeitamos a árvore é vivido com enorme alegria e todos cá em casa participamos. Este ano também a nossa Laurinha irá colocar algo na árvore, embora me pareça que no caso dela irá divertir-se muito mais a tirar as bolas e as fitas que propriamente a coloca-las... mas também essa parte é divertida.

Entretanto, é já no próximo fim de semana que vamos ao musgo para o presépio! Vai ser o máximo irmos com os miúdos apanhar musgo e reviver os nossos tempos de criança. Eu ia sempre com a minha mãe Maria em busca musgo mais fofinho, do mais alto, do melhor para fazer o presépio.

No Natal, a casa enche-se. Chegam as avós, alguns familiares e chegam os presentes. Este ano vou tentar fazer prendas personalizadas. Do nosso Natal fazem ainda parte os cartões, que seguem pelo correio, as compras para a ceia, as figuras de chocolate que também gostam de subir para a árvore - muito embora ao terceiro dia após fazerem parte da decoração só exista delas... a forma. Sim, "alguéns" cá em casa fazem desaparecer o seu conteúdo deixando suspensas na árvore aquelas imagens lindas e cujas formas vão mostrando como afinal já estão... ocas. Enfim, é um pouco assim o nosso Natal.

Convidar para o nosso Natal quem, provavelmente, nessa noite ficará só

Este ano, o nosso pároco lançou um desafio a toda a comunidade, no último sábado, na missa das sete: Convidar para o nosso Natal quem, provavelmente, nessa noite ficará só.

Porque Natal é, antes de mais ,m tempo de comunhão, partilha e alegria pediu-nos que pensássemos na ideia de convidarmos para o nosso Natal alguém que não tenha ninguém, que no Natal ficará só.

Convidou-nos a deixar o nosso nome e contacto, caso queiramos receber em casa, este Natal, alguma dessas pessoas que não têm ninguém. Um idoso, uma pessoa solteira, alguém sem família... uma das várias pessoas que ele conhece e por quem nos fez este pedido.

Assim, é veiculando este pedido que termino este já longo post.

Se estiverem interessados poderão contactar a paróquia do Milharado e dar o vosso nome para que este Natal possa ser de confraternização para alguns dos que passam esta noite tão especial sem companhia, sós.