A minha filha está no 5º ano de escolaridade e a Educação Sexual é um tema abordado nas escolas. Em traços largos penso que se deve desenvolver uma educação sexual, sim, mas que passe por uma discussão que com a participação de todos, alunos, escola e famílias.
Fui ontem à escola dela e, em conversa com a professora, fui surpreendida com uma forma muito inteligente de abordar esta questão. A directora de turma está a iniciar a abordagem da educação sexual junto dos alunos através dos afectos. "Os afectos, os diferentes tipos de amor... por exemplo, são formas que estou a utilizar para trabalhar este tema. E, para abordar o amor dos namorados estamos a fazer corações, em feltro, para depois fazermos pregadeiras, porta-chaves e outras peças que venderemos, sexta-feira, a quem queira oferecer como prenda à namorada. Com o dinheiro que conseguirmos juntar, com esta e outras iniciativas, podemos fazer alguma coisa juntos no final do ano", disse-me.
O que para mim é importante e tranquilizador é que a directora de turma da minha filha está a "iniciar" a abordagem à educação sexual, em conjunto com a professora de ciências, claro, mas através dos afectos. E, acredito que os afectos são, realmente, o que mais nos importa a todos, pais, miúdos e professores.
Sabe bem sentir que os nossos filhos estão a ser conduzidos por professores como esta, simples, sensíveis, competentes. Com quem partilhamos também... valores.
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