A última vez que a vi estava de braços esticados, tão esticados que dava para a ver tocar no céu. Estava tal e qual como a personagem da grande lebre castanha, cuja história tantas vezes lhe contei, enquanto a aninhava no meu colo, sentindo-a um pouco minha, de tanto que gosto dela. Tenho saudades do seu olhar tímido, maduro e tantas vezes brincalhão. Tenho saudades dela, dos dias inteirinhos que passavamos juntas e até das birras - que me faziam rir interiormente - pois eram os passos normais do seu crescimento. Agora os dias voam-nos na ponta dos dedos, vejo-a pouco, embora a traga sempre comigo. Hoje tenho saudades dela.
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