11 de novembro de 2008

a missa das sete


No início de mais um ano de actividades dos escuteiros do Agrupamento 1188, onde a minha filha faz a sua caminhada de lobita, foi-nos anunciado que passaria a realizar mais uma missa, aos sábados, às 7 da tarde, destinada a todos mas, particularmente, aos escuteiros.
Desde então, não falto a esta celebração e mesmo quando não há actividades nos lobitos lá estamos. A minha filha fica sempre à sempre, junto dos outros lobitos, mais a meio da igreja ficamos eu e o meu filho, companheiro fiel desta celebração.

Eu gosto desta missa. Gosto pela paz, pela intimidade, pela oração e porque é mais momento em que sinto e partilho o toque de Deus. Gosto porque o padre da minha paróquia, naquela missa, tem um discurso especial. Dirige-se em primeiro lugar aos mais novos e, apesar de solenidade inerente ao momento, cativa-se e cativa-nos com as respostas dos lobitos às suas perguntas. E gosto porque sempre que tem oportunidade traz à nossa presença testemunhos de fé, de missão, de entrega.
Apresenta-nos pessoas que têm o dom viver, diariamente, o amor a Deus acima de todas as coisas. Pessoas que se dedicam a rezar por todos nós e a ajudar-nos a aproximar-nos d`Ele e de nós mesmos.

No último sábado, nesta mesma missa, deliciei-me a ouvir histórias, na primeira pessoa, de um padre que passou 26 anos em Moçambique. Ficaria horas a ouvi-lo pois além do amor que trazia no olhar encheu-me o coração de ternura com cada uma das histórias que ali partilhou.
Sempre que estava prestes a terminar mais um episódio da sua longa vida de missionário, interiormente eu desejava que não parasse e que continuasse a transmitir às nossas crianças e a nós como somos todos tão iguais e tão amados por Deus e como nós, ali, à sua frente somos tão afortunados com a previsibilidade de cada um dos nossos amanheceres.
Ficou no ar a promessa que um dia voltaria para contar mais histórias aos lobitos deste agrupamento, que continuaria, com mais tempo a transmitir-nos os seus ensinamentos. Vou ficar atenta, vou querer ouvi-lo, vou fazer-me convidada se for necessário para continuar a ouvi-lo.
Não me lembro do seu nome e nem sei como contactá-lo, no entanto, tentarei fazer chegar-lhe o meu agradecimento por ter estado ali.

Outro dia voltarei a falar aqui de alguns dos testemunhos que ouvi nesta missa das sete. Mas hoje também quero agradecer ao Padre Paulo por ter introduzido esta missa ao sábado. O meu filho refere-se ao padre Paulo como "o meu padre" pois foi ele que o baptizou. Eu agradeço-lhe a partilha de momentos como estes. Muito obrigada.

Convido-vos a todos a assistir a esta celebração. A Palavra e as palavras que enchem esta hora na Igreja do Milharado vão cativar-vos. Tenho a certeza. Finalizo com uma aguarela do meu filho, feita ontem. É a "igreja do meu padre, mãe". Três sois? lhe perguntei mas o amarelo (que é a sua cor preferida) desenhado dentro da Igreja é Jesus.

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