9 de dezembro de 2008

Uma manhã na mata da Quinta Grande




O dia de ontem foi um muito especial cá em casa. Acordamos e demos de caras com uma manhã cheia de sol e de luz. Depois de nos últimos dias o céu estar quase sempre vestido de cinzento, ao ver o sol tivemos logo muitas razões para sorrir. E, se fechássemos os olhos e ficássemos muito quietinhos, podíamos sentir o toque de Deus nas nossas faces através daquele ar quentinho.

Com este início de dia era impossível não nos sentirmos bem e muito entusiasmados com os planos para a nossa manhã. Fomos conhecer a mata da Quinta Grande, numa viagem acompanhados por amigos que conhecem bem os seus trilhos.

Eu e a Mariana saímos de casa a meio da manhã e lá fomos. O Manuel não quis ir e o Rui teve que ficar com a Laura, que está um pouco constipada. Já combinamos que para o ano iríamos todos. Chegamos ao local marcado e a partir dali fomos guiados pelos caminhos daquela enorme mata por quem a conhece à muitos anos.

Por entre árvores muito altas, iniciamos a nossa viagem àquele lugar verdadeiramente mágico, cheio de cores e cheiros que entravam por nós adentro provocando imensas sensações. Descobrimos tocas de raposas e inúmeras plantas que não conhecíamos. Atravessamos troncos que nos dificultavam a continuação do percurso como se fossem guardiãos daquele território, tantas vezes alvo da selvajaria humana, tantas vezes esquecido, tantas vezes alvo fácil perante as chamas.

Depois de já termos a nossa tarefa quase terminada era hora de voltar a casa. Por mim continuava por ali, sem medo, a percorrer todos aqueles cheiros, cores e texturas. Mas o cansaço já obrigava a Mariana a sentar-se e tínhamos pessoas à espera. Com duas caixas bem cheias regressamos a casa. O que fomos fazer? Apanhar musgo para o presépio. Para a Mariana foi a primeira vez e sei que nunca irá esquecer esta manhã. Para mim, além do tanto que senti, foi uma dupla viagem pois mais de trinta anos depois voltei a apanhar musgo. Obrigada amigos pela oportunidade desta manhã. Para o ano espero poder voltar ao musgo. À mata da Quinta Grande quero voltar muito brevemente.

Para muita pena minha não levei a máquina fotográfica e não pude registar este lugar mágico. Fica para a próxima. Fica o presépio que me levou lá.

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