7 de janeiro de 2009

Encontros - I



Quatro miúdas imparáveis, um rapaz de sorriso generoso e um miúdo que preferiu ficar atrás da máquina fotográfica de tão tímido. As fotografas são duas mães que entre muitas coisas adoram falar. Foi uma surpresa mesmo boa!


Terminei o ano, até nos últimos minutos a encontrar pessoas e momentos. Mesmo nos últimos dias de férias, fomos uma vez mais ao cinema, desta vez com uma convidada - a filha da Teresa. Um dia falarei da Teresa, um dos anjos da guarda, que cuida da minha bebé e de todos nós e em quem encontro, tantas vezes uma segurança que me permite respirar fundo.

Já a caminho do cinema, e com uma prometida ida à loja de doces, reclamada de minuto a minuto pelo meu filho, fomos directamente ao balcão das reservas. Ali a fila tem só uma ou duas pessoas o que para mim é mesmo bom. Detesto filas longas.

Com imensos pais e filhos por ali, cujos planos se encontraram num ou no outro filme de animação, ouço a minha filha, aos saltos, a dizer-me, radiante, "mãe a Eva está ali! A Eva também veio ao cinema... está ali, mãe, ali... com a mãe, as irmãs e o primo!". "Mãe... mãe...ali" Não as vi logo, confesso que sou um pouco miope mesmo com óculos, mas imagino que também elas estariam a falar com a mãe acerca de terem encontrado a Mariana. Foi uma surpresa mesmo muito boa. Ao meu lado a Bruna e o Manuel aninhavam-se, no meu casaco, cheios de vergonha.

Fomos ao encontro desta família. A mãe é uma mulher que admiro muito e cujo sorriso não deixa ninguém indiferente. Tenho a certeza que foi dela que as três filhas herdaram aqueles sorrisos lindos. Da mesma família também estava um miúdo, com quem nunca tinha falado, mas cujos pais conheço um pouco. No seu jeito de ser encontrei-lhe uma doçura no olhar que me fez lembrar uma mulher - sempre cheia de pressa e muito faladora - mas que é uma daquelas pessoas que tem dentro do peito um coração muito maior para a caixa.
Gostei das poucas palavras que troquei com ele, do sorriso tímido e da disponibilidade para ajudar o meu filho.

Já na sala de cinema instalar todos foi a confusão do costume e, num gesto de grande generosidade, uma das meninas deu o lugar à Bruna, para que ficasse junto à Mariana. Com este simples gesto a Bruna venceu um pouco a vergonha e divertiu-se muito mais.

O intervalo serviu para soltar energias e das últimas filas aplaudimos as performances, das miúdas. A mais extrovertida não se cansava de fazer rodas e rodas, enquanto as duas que a acompanhavam, muito mais tímidas, aproveitaram para subir e descer as escadas e assim "soltarem" os ossos da posição, que imagino incómoda para elas, de estar sentadas e quietas durante todo o filme todo. Os "números" que vimos no palco foram muito bem executados pelas artistas.

Depois de nos despedirmos e de novos encontros que cada grupo iria ter, nós lá nos dirigimos à loja de guloseimas. Mas, antes de lá chegar tivemos um encontro marcado pela alegria.

Partilhamos um lindo arco-íris que fechava aquela maravilhosa tarde. Foi um encontro muito especial, com tantas cores, numa tarde também pintada pelo cinza claro. Os miúdos, que também pararam para contemplar aquele lindo arco-íris, apressaram-se a lembrar-me que, também as gomas, os rebuçados e as pastilhas têm imensas cores e estavam ali, a dois passos, de mais um encontro.








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