7 de janeiro de 2010

Acreditar




Há uma preocupação da minha filha que me deixou a pensar. E ainda me vêm à cabeça, de vez em quando, para que eu própria me mantenha alerta. E não deixe de acreditar. Uma destas tardes, ainda durante as férias, estávamos a ver televisão. Passava uma reportagem acerca do ano novo e dos desejos das pessoas. Na altura não me apercebi da dimensão que as palavras de uma entrevistada tiveram na minha filha pois só mais tarde, quando estávamos juntos a rezar, a agradecer o dia e a fazer pedidos e mais pedidos a Jesus é que Mariana de repente diz: "Jesus, ajuda aquela senhora que hoje vimos na televisão a encontrar alguma coisa que ela deseje. É que ela disse que não desejava nada porque sabia que não conseguia cumprir o que se propunha e eu acho que se Tu a ajudares a encontrar alguma coisa que a faça feliz ela vai conseguir fazer a parte dela." E pronto, foi o último pedido daquela noite. A seguir, continuamos com um Pai Nosso, uma Avé Maria e uma oração - que se reza, com muita emoção, há décadas na minha casa - e que se destina ao nosso muito, muito querido Anjo da Guarda (de quem nunca nos esquecemos por gostarmos tanto dele). A leitura que a minha filha fez de uma entrevista tão breve deixou-me inquieta... e, perceber a preocupação dela perante o "descrédito" nas palavras daquela senhora, em relação a si própria, e a objectivos para este novo ano ainda faz eco em mim. E que bom, que ela se lembrou de pedir a Jesus por alguém que não conhece mas que, de alguma forma, a tocou muito. Ser mãe é uma escola. Nunca tive dúvidas, mas à medida que os meus filhos crescer o conhecimento que me transmitem é tanto!!!! E muito, muito enriquecedor.

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